Atualmente, estou fazendo uma espécie de processo de recuperação do meu cabelo. Ele sempre foi bem forte e saudável, mas devido aos processos químicos, má alimentação e condições às quais ele é exposto diariamente, ele está fraco e sem vida. A ideia é basicamente registrar aqui no Blog, por meio da tag #ProjetoJuba (porque a criatividade estava em baixa quando comecei a pensar nisso), o processo e, espero, evolução positiva dos fios.
Apesar de não parecer, eu sou uma pessoa que tem bastante receio de mudar o cabelo. Mas o ensino médio foi a época que eu decidi que estava de saco cheio do meu cabelo como ele era e a minha primeira atitude foi cortar (ele estava nos quadris e eu cortei na altura dos ombros) e fazer uma escova progressiva. Meu cabelo era bem armado, então a primeira escova o deixou bonito, mas não da forma como eu queria. Eu simplesmente não sabia como controlar o meu cabelo quando eu tinha 15 anos e resolvi que alisar era a melhor opção. No ano seguinte, resolvi que queria que ele fosse vermelho e pintei, não ficou da forma como eu queria, obviamente, porque eu não descolori o cabelo, só apliquei a tinta e ele era escuro, foram quatro anos e meio de muita tinta para que eu conseguisse, finalmente, chegar à cor que eu queria. Nesse ponto, eu já havia feito escovas progressivas outras duas ou três vezes e meu cabelo já estava bastante controlável, no entanto, ele já estava tomado por pontas duplas e fios porosos do meio para baixo. Ah, esqueci de mencionar que no mesmo ano que colori o cabelo, também fiz um undercut. Raspei a lateral do cabelo três vezes, mas como, para mim, é difícil manter o corte e eu sempre deixava ele crescer demais, desisti e deixei crescer de vez. Ele ainda não chegou ao tamanho do resto do cabelo, mas já está bem grande.
Eu não sou uma grande entendedora de cabelos, então tudo o que eu vou fazer eu pesquiso muitoooo antes e também consulto minha cabeleireira (só ela e minha mãe que colocam a mão no meu cabelo desde 2011 e eu vou até Taubaté toda vez que preciso fazer algo no cabelo). Da ultima vez que encontrei minha cabeleireira foi para fazer uma hidratação porque meu cabelo está muito ressecado. Eu corto o cabelo e não muito tempo depois, ele já está tomado por pontas duplas. Então, ela me sugeriu que eu fizesse um Cronograma Capilar. Eu já havia tentado seguir um uma vez, mas acabei desistindo por causa do TCC da faculdade, mal dava tempo de lavar o cabelo, em geral, quem dirá de hidratar, secar e fazer isso regularmente.
O Cronograma que eu estou fazendo é para cabelos quimicamente danificados, ressecados e com pontas duplas (sim, dói ler isso) e ele possui 4 fases com 3 procedimentos cada. Eu não faço três procedimentos em uma semana (tipo segunda, quarta e sexta) por dois motivos: o primeiro é o tempo, não dá mesmo pra fazer algo do tipo três vezes na semana, normalmente, eu tenho que coincidir o dia que eu lavo o cabelo com as minhas vacâncias na faculdade; o segundo é que eu não moro na casa da Mãe Joana e não acho que devo ficar pendurada no chuveiro, no secador e na chapinha tanto tempo na semana, aqui a gente se ajuda e divide as contas, mas não sou eu quem paga a maior parte delas, se fosse eu que bancasse tudo e tivesse mais tempo, eu provavelmente não veria problema, mas a situação não é essa.
Se você não esteve numa bolha nos últimos dias, soube do caso que rolou em Duque de Caxias (RJ), em que a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal afirmou que não se vê crime na interrupção da gestação durante seu primeiro trimestre. Aí, ao invés de fazer textão no Facebook, eu decidi escrever a respeito do que tenho lido aqui, já que este é um espaço tão pessoal para mim e aqui posso escrever de modo mais concreto. Esse é um assunto que nunca fica velho, é um tabu há anos e não, não estou "atrasada", já que opiniões são apenas opiniões. Se eu fosse juíza do STF ou alguém que, ao se pronunciar a respeito, pudesse influenciar pessoas, seja pela sua formação, seja pela sua ocupação, aí sim, talvez pudesse dizer que perdi o timing. Mas como isso não se trata de business pra mim, vou em frente.
Se teve uma coisa que eu aprendi nos últimos anos estudando Comunicação foi que para fazer qualquer análise sobre qualquer coisa, eu preciso buscar ser o mais cética e imparcial possível, porque na minha profissão, muitas vezes, vou me deparar com clientes cujas filosofias vão muito contrárias às minhas, no entanto, as contas não vão se pagar sozinhas, não é mesmo? E é aquilo: se você não topar, a concorrência topa. A questão é analisar a situação como um todo e não apenas o objeto, o que é um desafio pra mim, já que eu costumo ser muito focada. Outro grande desafio é utilizar essas análises para fazer projeções. A gente tem que ser capaz de projetar uma vantagem futura com uma margem de erro pequena ou quase nula, ou então a gente não consegue fazer com que o cliente confie seu dinheiro em nós. Algo que costuma funcionar para embasar essas projeções são pegar cases semelhantes e apresentar ao cliente, que se ele não for do tipo ousado que gosta de arriscar, ele vai ver que aquilo já foi feito por outras empresas e que dá certo e ele vai obter vantagens, mesmo que o esforço inicial faça parecer o contrário.
Agora, focando no assunto, a principal crítica à legalização do aborto é o suposto atentado contra a vida humana. Então, diz pra mim: pra você, o que é "estar vivo"? Mas assim, sem resposta pronta, tenta refletir mesmo sobre o assunto, sabe? E me dar uma resposta consistente, embasada em alguma coisa. Eu busquei na bíblia, busquei em alguns artigos (coisa rápida) e não encontrei a definição precisa para isso. Então fiz a pergunta de outra forma: qual é a condição para se considerar vivo? A resposta é simples: não estar morto. Mas o que é "estar morto"?
Existe uma lei na Constituição Federal que permite o transplante de órgãos no caso de o paciente ter morte cerebral, mesmo que o coração ainda esteja batendo (Lei 9.434/97, capítulo II - Lei dos Transplantes de Órgãos - Fonte 2). Como diz o artigo da USP que eu li para escrever sobre isso (Fonte 3), "a morte encefálica é um quadro irreversível e significa a morte letal do indivíduo". E se o completo não funcionamento do cérebro é a condição para a morte, o seu completo funcionamento é a condição para a vida. É aí que está o tal do "antes do primeiro trimestre" de gestação, quando o cérebro do feto ainda não está desenvolvido completamente. É, geralmente, no início do segundo trimestre de gestação em que se pode perceber a atividade funcional do cérebro. (Fontes 8, 9 e 10)
Isso perante a ciência e a lei, que foram as formas mais sóbrias de analisar a situação que eu encontrei, independente da minha religião e do que eu acredito sobre quando a vida começa de fato, eu ainda vivo em uma sociedade onde impera uma Lei Superior e nela, o Artigo 5º (Fonte 4) menciona a liberdade do indivíduo dentro da sociedade, que é algo inclusive que coincide com uma da declarações da Bíblia, que menciona que Deus deu aos indivíduos o livre arbítrio quando nos criou (Gênesis 1:26 - Fonte 5), de modo que eu não posso impor minhas crenças ao resto da sociedade, e ainda me sinto livre para optar pela forma mais racional de tratar um assunto que não diz respeito apenas à fé, mas que já virou uma questão de saúde pública com números alarmantes. Eu escolho por entender isso de modo racional, porque cabe ao Estado julgar essa condição como crime ou não e porque isso tem um grande impacto social e, novamente mencionando a Constituição Federal, seu Artigo 19 (Fonte 6) atesta a laicidade da União.
Interromper a gestação virou um assunto de interesse público (no sentido político da coisa), porque não é apenas ao feto que isso diz respeito. Diz respeito à mulher que irá ou não gerar essa criança e à sociedade na qual ela viverá. Uma pesquisa publicada pela Universidade Federal de Brasília (Fonte 7), mostra que, no Brasil, o aborto é tão comum que, em 2010, quando a pesquisa foi realizada, estimou-se que 1 em cada 5 mulheres já interromperam a gravidez. Além de a pesquisa provavelmente estar defasada, pois já se passaram 6 anos, há ainda o fato de que nela não foram contabilizadas mulheres analfabetas, nem residentes em áreas rurais do país. Ou seja, o número de mulheres que já abortaram alguma vez é muito grande, fechar os olhos para isso é uma hipocrisia que afeta o país social e economicamente (vou explicar adiante).
Acontece que ninguém fala sobre isso, obviamente porque é crime, mas também porque é um tabu. Nenhuma mulher que interrompe a gravidez faz isso com prazer, é uma situação dolorosa e de risco para ela mesma. Muitas vezes, algo que ela tentou evitar, por n motivos, mas o método contraceptivo falhou e ela é a única que vai ser julgada por isso, afinal cabe apenas à mulher a obrigação de não engravidar. Muitas vezes, ela também não "procurou", mas devido à condição social em que vivemos, na qual a mulher é vista como frágil e inferior, ela foi vítima da circunstância. A reportagem que o Fantástico mostrou ontem sobre o tema mencionou que o perfil de mulheres que optam por interromper a gravidez são mulheres comuns que sabem o que estão fazendo, não aquele que a maioria imagina como sendo uma jovem inconsequente que "não soube fechar as pernas". 67% delas já têm filhos, segundo uma pesquisa que mostrou que, em 2015, meio milhão de mulheres interromperam a gravidez. Também não se pode trazer quaisquer argumentos preconceituosos contra populações mais pobres, visto que em todas as classes sociais o volume de abortos é semelhante (ou seja, todas optam por correr o risco, mas algumas podem pagar por condições menos piores e não vão popular ainda mais as filas dos SUS depois) e 88% das mulheres que já abortaram alguma vez têm religião. (Fonte 13) Sabendo disso, mais uma vez ratifico: fechar os olhos para essas condições é uma hipocrisia gigantesca, que traz consequências são bem ruins.
Existem 3 principais pontos socieconômicos que eu gostaria de destacar quanto à criminalização do aborto: 1. Mulheres morrem.
Isso é um fato e eu não vou me delongar sobre. Um artigo do Doutor Drauzio Varella (Fonte 11) explica como o aborto clandestino é feito, na maioria das vezes: baseado no princípio da infecção. Isso gera um risco imenso para a mulher, além do constrangimento, e, como ele menciona, é difícil estimar números (por isso, não acreditem em qualquer manchete).
2. Mulheres com abortos mal sucedidos recorrem ao SUS.
"Ah, mas ela também vai recorrer ao SUS, caso o aborto seja descriminalizado". Pense no esforço que a equipe médica emprega em uma situação prevista e controlada e no esforço que ela precisa empregar e pessoas que precisa envolver em uma situação de emergência e risco. É melhor ter uma outra equipe preparada para este tipo de atendimento, já que ele ocorre de qualquer maneira, do que comprometer com uma emergência a mesma equipe que você pode estar precisando naquele momento, sendo que as chances de que a paciente em situação de risco não sobreviva são grandes, porque o aborto foi realizado de modo clandestino, e a equipe ficará muito desgastada.
3. A relação entre o aborto e a criminalidade.
Cruel, mas real. Em 1973, o abordo foi legalizado nos Estados Unidos (pois é, somos atrasadinhos, como sempre), isso fez com que o número de nascimentos de crianças periféricas diminuísse, ou seja, nasceram menos crianças pobres, que, muitas vezes, não teriam um lar, nem estrutura familiar e, que, não raras vezes, teriam poucas condições para adquirir uma boa educação, que lhe garantissem uma vida distante de um comportamento criminoso. Segundo o economista Steven Levitt, cerca de metade da queda do nível de criminalidade entre 1990 e 2000, nos Estados Unidos, se deve à descriminalização da interrupção da gestação. Em Freakonomics, Sthepen Dubner e Steven Levitt falam sobre isso. (Fonte 12) Como se pode perceber, é uma medida para se pensar a longo prazo.
Particularmente, eu entendo as pessoas que são contra o aborto, sou alguém bastante privilegiada, tive excelentes oportunidades para ir atrás das coisas que eu quero e viver como eu vivo. E eu entendo o quanto essa é uma situação delicada, mas como eu falei, não posso impor o que eu penso a todo mundo, porque nem todo mundo vive a minha realidade, e posso aceitar numa boa o fato de que muita gente vai discordar de tudo isso. Acontece que ser a favor da vida e ser a favor do nascimento, infelizmente, são coisas distintas.
Eu sou a favor da vida. Sou a favor de que as pessoas vivam bem, com qualidade, que de fato vivam! E não apenas existam, como mais um "incômodo para o Estado", que assim os veem. Sou a favor de que as pessoas tenham o que comer, onde morar, sejam queridas e tenham o carinho da família em todos os momentos, mesmo que essa família não compartilhe DNA. Sou a favor de que as pessoas cresçam com condições psicológicas para segurar essa barra que a gente chama de vida - e olha que, mesmo muitas vezes crescendo em ambientes ótimos, as pessoas não têm. Sou a favor da vida da mulher também, que, embora eu odeie admitir, ainda precisa mostrar que tem voz e vontade própria. Sou a favor do que for melhor para a sociedade, porque, mesmo que às vezes a gente deteste isso, o fato é que a gente precisa aprender a conviver e a respeitar as divergências. E se tem uma coisa que não pode reger a sociedade, essa coisa é a religião, a gente já viu que não dá certo. Lembre-se, se dependesse do julgamento religioso, não realizaríamos transplantes de órgãos, não tomaríamos vacinas, não salvaríamos vidas já existentes, que é o que estamos fazendo olhando para este assunto com base unicamente na religião.
Portanto, que a gente tente progredir sempre pensando na sociedade como um todo, de modo sóbrio, com base na lei, não em valores pessoais.
Lauren Kate é uma escritora de ficção young adult. Ela é norte-americana e escreveu, entre outros livros, Fallen, uma série de quatro livros, que conta com outros três spin-offs. Fallen, o primeiro livro da série, chegou a ser best-seller do jornal The New York Times. E, após longos anos esperando, a adaptação cinematográfica do livro finalmente ficou pronta! A pré-estreia será amanhã, dia 05/12 (!!!!) e a estreia será dia 08/12.
O Aprimoradamente é um blog sobre experimentar e eu estive, pela segunda vez, experimentando o desespero e o estresse que é estar diante de um trabalho de conclusão de curso. Se você que está lendo isso ainda não passou por isso, eu espero que você passe em breve.
Um trabalho de conclusão de curso é muito mais que apenas um trabalho acadêmico. Ele te ensina a amadurecer, a enfrentar desafios, a aprender a lidar com pessoas - se o seu trabalho não é em grupo, você precisa falar com pessoas para poder desenvolver alguma parte dele, sempre tem mais de uma pessoa envolvida no processo - e, mais do que tudo isso, o seu TCC te ensina coisas sobre você. Você precisa aprender a gerir pessoas, a gerir o processo, gerir o seu tempo, prioridades e gerir suas emoções para que tudo saia como você planejou e, às vezes, não sai e você precisa simplesmente aprender a lidar com isso.
Atualmente, estou finalizando minha graduação, meu TCC foi desenvolvido em um grupo com outras 3 pessoas, ou seja, somos 4, e todos bastante competentes e dedicados. Meu primeiro TCC foi há 3 anos e meio, quando concluí o nível técnico. Achei que, por já ter passado por isso antes, estaria mais do que pronta para passar novamente e enfrentaria com muito mais facilidade. De fato, eu aprendi a ser menos centralizadora e a tentar compreender melhor as pessoas da equipe, mas de maneira nenhuma foi mais fácil.
Sendo assim, decidi listar alguns pontos que acho que foram bem importantes para mim durante ambos processos. Acho que podem servir pra alguém e vamos ver se eu seguirei meus próprios conselhos quando estiver diante do TCC da pós-graduação. :P
1 - Cronogramas com check lists são muito úteis.
Você pode optar por separar um período do dia para estudar, você pode optar por estudar só aos finais de semana, mas uma coisa é fato: se você tiver um cronograma e for riscando o que tem pra fazer, você sempre sabe onde parou, o que falta e quanto tempo tem. Procure estabelecer a sua data limite para antes da data limite real de entrega, assim, se houver algum imprevisto, você tem um tempo extra para ajustar.
2 - Quando seu professor disser "aproveite essa última semana de férias" não acredite nele.
Você vai ouvir de um professor antes de começar seu TCC que você ainda pode aproveitar mais essa semaninha... Acontece que se você deixar tudo pra próxima semana não vai dar tempo de entregar. Mesmo que você não se dedique tanto, procure dar uma olhada, dar o pontapé inicial e já deixar tudo encaminhado, assim não tem que correr contra o tempo. (PS.: esse professor pode ser seu orientador também...)
3 - Procrastinar só vai te deixar mais nervoso.
Aquele velho clichê de "não deixe pra depois o que pode ser feito agora", eu sei que dá preguiça, mas só faça. Vai poupar bastante estresse no futuro.
3 - Dê prioridade para o que o seu coordenador diz.
A forma como seus professores administram um trabalho de conclusão pode variar. Escute sempre o que o coordenador do trabalho orienta, ele é quem dá "a canetada final", ainda que os outros também avaliem.
5 - Descanso é importante.
Se você está cansado, não pensa direito. Se não pensa direito, o trabalho sai mal feito ou não sai. Simples assim.
6 - Não deixe a ABNT por último.
As normas ABNT não são o monstro de 7 cabeças que todo mundo diz. Ao invés de simplesmente começar a escrever um monte de coisa num documento em branco no Word e só pensar em ajustar nas normas quando for entregar, vá ajustando aos poucos. Poupe seu tempo e já deixe o documento formatado, com capa e todas aquelas coisas obrigatórias, e só vá ajustando quando ver que algo está fora do lugar, quando for conferir o documento de tempos em tempos.
7 - Nem as referências.
A dica da ABNT serve para as referências. Depois de um ano ou seis meses de trabalho, dificilmente você vai se lembrar do site que acessou ou do livro que consultou para começar a entender o tema. Vá organizando as referências junto com o desenvolvimento do trabalho.
8 - Se algo não dá certo, analise com calma as alternativas, não gaste energia procurando um culpado, concentre-a em buscar uma solução.
Desentendimentos vão acontecer, mas tenha sempre em mente que você perde tempo enquanto discute com o seu colega e, durante o desenvolvimento de um trabalho assim, tempo é algo muito precioso. Foque na solução, depois vocês resolvem os conflitos pessoais (que muitas vezes acabam confundidos com os conflitos acadêmicos e envolvidos nas discussões).
9 - Faça suas anotações num mesmo lugar/ caderno - organize-se.
Se você anotar cada informação num lugar diferente, pode perder algo quando precisar recapitular tudo.
10 - TCC é portfólio, empenhe seu melhor.
Quando você vai procurar um emprego na sua área, você se destaca se tem alguma experiência, por isso é importante sempre arquivar seus bons trabalhos. Se você não teve experiência profissional, leve seu trabalho a sério, não como só mais um protocolo acadêmico que você precisa cumprir. Se fizer isso, você estará um pouco mais preparado para o que vai enfrentar no mercado.
11 - Inspiração surge de conteúdo.
Na área da comunicação, a gente ouve falar muito dos "gênios criativos natos", eu não sou um deles, mas não sou menos capaz por isso. Não vai adiantar ficar olhando pra barra de busca do Google ou pro documento em branco por horas, esperando que o trabalho brote da sua imaginação. Criar é um processo, por isso vá atrás de cases semelhantes ao que você pensa em trabalhar, leia bastante a respeito, converse com os seus professores, esteja munido de conteúdo antes de tentar desenvolver o trabalho, vai ajudar a fluir melhor.
12 - Mantenha as orientações em dia.
Se o seu professor separa as aulas das quintas-feiras para atendimento de trabalho, certifique-se de ter algo para mostrar pra ele. Não precisa ser todos os dias, mas procure não deixar para mostrar tudo na semana anterior à entrega do trabalho: a sensação é a de que as dúvidas vão triplicar e o tempo ser reduzido na metade.
13 - Você vai acabar perdendo rolês por causa do seu TCC. Sinto muito.
Estabeleça prioridades. Seus amigos estarão lá quando você entregar o seu trabalho, o barzinho, a balada e os crushs também. Você não vai ter tempo para refazê-lo, por isso, faça-o bem feito, depois você chama todo mundo pra comemorar o trabalho entregue e compensar os rolês perdidos.
14 - Tenha sempre um backup de seus arquivos que pode ser acessado de qualquer lugar.
Em algum momento, no meio do dia, você vai precisar checar uma informação do seu trabalho em um lugar aleatório. Certifique-se de que você terá acesso a ele. Serviços como o do One Drive, iCloud e afins ajudam muito.
15 - Acalme-se: se você se dedicou e estudou, colocou a mão na massa, você sabe o conteúdo. O professor pode rosnar, mas não morde.
Você não vai aprender o conteúdo de um trabalho que levou seis meses ou um ano inteiro para ficar pronto em dois dias. Certifique-se de sempre saber o que acontece durante o processo, mesmo que você não seja responsável pelo desenvolvimento daquele trecho do trabalho. Participe e discuta soluções e ideias. Garanta, desde o início do trabalho, que você saiba responder quaisquer perguntas que sua banca possa fazer.
A minha banca da graduação aconteceu no último dia 10/11 e deu tudo certo! Eu não pude seguir todos os conselhos acima, porque aprendi alguns deles durante o processo, mas outros foram muito úteis para o sucesso do trabalho, que foi muito elogiado pela banca, modéstia à parte, hehe. Dá uma olhada na cara de felicidade desses universitários cansados:
Hoje, eu assisti a um filme que eu gostei bastante e, por mais que o filme não seja lá uma maravilha, a reflexão que ele me trouxe, embora não seja nenhuma novidade, foi importante.
Que fique claro que não sou nenhuma conhecedora das novidades, tendências e clássicos da indústria de longa-metragens internacionais e muito menos nacionais, tanto que este filme é de 2013 e eu só assisti no Supercine, na Rede Globo.
Ele se chama "Entre Nós" e conta a história de um grupo de amigos que se reúne em um sítio, escrevem cartas e as enterram em uma caixa para serem lidas dez anos depois. Um deles acaba morrendo (isto não é spoiler porque está na sinopse do filme!), mas eles se encontram mesmo assim e desenrola-se a narrativa das consequências das escolhas que eles fizeram em suas vidas e como eles conseguem - ou não - lidar com isso. O que mais me chamou a atenção, para ser sincera, é que o filme não é um desses com final feliz e previsível. Ele relata escolhas que qualquer um de nós está sujeito a tomar todos os dias. Não me refiro ao fato principal do filme, a questão do livro, mas às histórias paralelas, não são essas escolhas do tipo que, em um momento da sua vida, você se vê em uma encruzilhada e toma ou não uma decisão que traz determinada consequência. Me refiro às escolhas que são lapidadas diariamente, aquelas que realmente definem o curso de nossas vidas.
O caso da personagem, cuja última coisa que ela queria pra ela mesma era ser uma dona de casa frustrada e ela viveu uma vida se frustrando, esperando pelo momento em que teria a vida que ela sempre sonhou. O rapaz que viveu amargo e fechado a vida toda para não se machucar e acabava machucando quem ele mais amava e quem mais o amava também. O rapaz que se frustra por um pedaço de carne queimada, porque viveu a vida toda buscando o sucesso em alguma coisa e nunca foi capaz de alcançar... E o que é o sucesso? O que é não viver frustrado? Se fechar para o mundo vale a pena se for para viver uma vida infeliz e cheia de desentendimentos? Para mim, essas foram as questões principais do filme. Um desejava o "sucesso" do outro, mas, se realmente estivessem um na pele do outro, saberiam que a situação não era tão boa assim. Todos nós carregamos nossas aflições. A questão ética que o filme aborda é interessante também, mas o pano de fundo é que traz a real reflexão.
Quando o filme acabou, eu pensei: "ué, mas acaba assim?" e é aí que está! Acaba assim porque não acaba! Entende? Vida real? Eles eram um bando de jovens que, assim como eu e mais um monte de gente, vive em busca do "final feliz", do "quando eu chegar lá", só que a gente não chega, porque quando chega, acaba, quando chega no final, morre... E aí, como eu disse antes, sem nenhuma novidade: vem toda aquela reflexão de "o agora é o importante", "como estou aproveitando o presente?", sabe? Aquele clichezão.
Eu leio bastante sobre isso e tento me convencer todos os dias que o agora é mais importante, porque, sem ele, não tem amanhã. Mas, ansiosa que sou, simplesmente não consigo engolir essa ideia. Meu corpo naturalmente reage às situações da pior forma possível, quando o assunto é este, e eu não consigo controlar. Aliás, só estou escrevendo isso agora por causa disso. São cinco e oito da manhã e eu deveria estar dormindo, mas ele se nega a descansar e quer aproveitar cada segundo que me resta aqui, porque sabe que amanhã, à essa hora, estará de volta para o caos.
Outro problema é que a ideia de "estar aproveitando o agora" nos deixa tão pilhados em, de fato, aproveitar o agora que acabamos não aproveitando nada! Eu me preocupo por estar me preocupando, fico ansiosa por pensar que minha ansiedade está me atrapalhando, tá dando pra entender? As coisas só pioram quando tento melhorar isso. Claro que, a essa altura, quem ler isso vai estar pensando "essa garota precisa de um psicólogo!". Sim, preciso. Outros irão se identificar, ansiedade, definitivamente, não é algo fácil de se lidar, mas também não é impossível.
A questão é que acho que mais pessoas deviam assistir a esse filme, não necessariamente pela história, não pelos atores, como <3 Caio Blat <3, que estão presentes, mas por essa reflexão mesmo... Precisamos lidar com os nossos problemas e, se não for de maneira calma e controlada, será atordoada e espalhafatosa mesmo, porque eles não irão embora, esse filme deixa isso bem claro. Não adianta rezar, fazer promessa, mágica nenhuma vai apagar o que você fez ou executar o que você deixou de fazer.
Veja o Trailer do filme e a ficha técnica dele abaixo.
Título: Entre Nós (Original) Ano produção: 2013 Direção: Paulo Morelli Estreia: 3 de Outubro de 2013 (Brasil) Duração: 100 minutos Classificação: 14 - Não recomendado para menores de 14 anos Gênero: Drama Países de Origem: Brasil Elenco: Carolina Dieckmann, Caio Blat, Maria Ribeiro, Paulo Vilhena, Júlio Andrade, Martha Nowill, Lee Taylor. Sinopse: Sete jovens amigos escritores viajam para uma casa de campo para celebrar a publicação do primeiro livro do grupo. Lá, eles escrevem cartas para serem abertas dez anos depois. A viagem acaba em uma tragédia após a morte de um dos amigos. Mesmo assim, eles se reúnem dez anos depois para lerem as cartas.
Este texto foi escrito na madrugada do dia 29/05, porém publicado na data que consta no post.
Meu nome é Amanda, tenho 21 anos e moro na cidade de São Paulo. Estudo Publicidade e Propaganda e trabalho com redes sociais. Sou completamente apaixonada por batons e esmaltes. Compartilho experiências e um pouquinho do que gosto e me interesso por aqui. ☺